Estrabismo é o nome dado quando uma pessoa apresenta desalinhamento dos olhos. É um nome geral que engloba diversos diagnósticos diferentes. O oftalmologista especialista em estrabismo (estrabólogo) deve ser apto a avaliar o paciente, diagnosticar se ele tem ou não estrabismo, qual o tipo e o tratamento necessário.

O desalinhamento dos olhos pode ser para dentro (esotropia ou estrabismo convergente), para fora (exotropia ou estrabismo divergente), para cima (hipertropia) ou para baixo (hipotropia). Pode ser congênito ou adquirido, constante ou intermitente. Pode ainda ser primário (quando não se tem uma causa específica) ou secundário (por exemplo: baixa visão em um dos olhos, paralisias). Também pode ter relação com o grau que o paciente apresenta (esotropia acomodativa). Cada uma destas situações demanda um tratamento diferente e é o especialista em estrabismo, após avaliar o paciente, que irá determinar se será necessário o uso de tampão, óculos ou cirurgia.

 Na maioria das vezes, o estrabismo é facilmente percebido pela família. No entanto, duas situações devem ser levadas em consideração:

1. Quando o paciente não aparenta ter estrabismo, seja porque tem um desvio intermitente bem compensado ou tem um microdesvio, que é quando o paciente apresenta desvios muito pequenos, difíceis de serem percebidos sem o exame adequado. Estes pequenos desvios também devem ser tratados pois, como os demais estrabismos, podem levar a baixa visão do olho desviado (ambliopia).
2. Quando o paciente aparenta ter estrabismo, mas na verdade, não tem. Chamamos estes casos de pseudo-estrabsimo. É relativamente comum em crianças muito pequenas que apresentam epicanto ou uma distância pequena entre os olhos.

 

Nestas duas situações, a avaliação do estrabólogo é importante, pois permite que o tratamento seja realizado nos casos necessários, mas também evita o tratamento desnecessário nos casos de pseudo-estrabismo.

O estrabismo nunca é normal! Recém-nascidos podem apresentar um desalinhamento dos olhos em alguns momentos por imaturidade do sistema visual. Mas a partir do 4º mês de vida, já não devem mais estar desviando. De qualquer forma, sempre que houver a suspeita de estrabismo, em qualquer idade, o paciente deve ser avaliado o quanto antes por um especialista em estrabismo.

Ao ir na consulta, o paciente ou seus responsáveis devem levar o histórico detalhado de quando começou o quadro e quais os tratamentos já realizados. Se usa óculos, deve ir com eles à consulta. Ir preparado para dilatação das pupilas, o que é importante tanto para se determinar a refração estática do paciente (grau com as pupilas dilatadas), bem como se avaliar o fundo do olho, para se descartar possíveis lesões como causa para o desvio.

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